08 agosto, 2008

Para Sempre


Contraluz, as mãos divagavam lentamente, debitando palavras e pinturas românticas de mestres antigos. O sorriso vibrante nas vozes adocicadas, o olhar aquecido em segredos e tremuras inconfessadas. A união fabricada em beijos calados.

O negro tatuado nas raízes, caiando a alvura de existências que nunca vemos entre nós. Nas ruínas de um incêndio, um amor-fantasma pulsa de vida em cada anoitecer.
Quase podemos senti-lo, se soubermos como ouvir o sussurro sibilado da terra macerada: Para sempre.

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