04 dezembro, 2005

Borboleta


Caminho,
como nunca caminhei.
Conheço,
como nunca conheci.
Devoro,
como nunca devorei.
Sorrio,
como nunca mais sorri.

Luto,
sem guerras a travar.
Guardo,
o que nunca quis.
Escondo,
sem ter o que ocultar.
Protejo,
o que nunca possui.

Fui,
o que nunca serei.

Dentro de ti
sulquei mares,
devorei viagens,
destruí caminhos,
matei miragens.

Redesenhei-me.
Reiventei-me.
Renasci,
pensei que sim...

No fundo...
apenas deixei
alguém morrer
dentro de mim.


by Lunaris

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