17 novembro, 2005

Silêncio


Sou apenas o silêncio em que nasci.
Nada muda a condição do que serei
Visto-me de cores e poesias musicais
E descubro que apenas sou Silêncio, ou pouco mais

Sou apenas o Silêncio em que nasci.
O servo ou o dono supremo de um mundo escuro?
Sabes o que é o oco ou o nada ou de onde vim?
Sentes nas veias o Silêncio a correr puro?

Sou apenas o Silêncio em que nasci.
E as palavras que não tenho e direi
E o mundo escuro que é meu e de onde vim
E o canto do meu corpo que lhe deixei

Silêncio serei, pois que não seja em vão
Esta tortura solitária, esta escuridão...
Visto-me de cores e poesias musicais
Sabendo que apenas sou Silêncio, ou pouco mais...

by Lunaris

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