Orçamento de Estado para 2006? Novo orçamento, uma tanga, quer-me parecer que está tudo na mesma! A não ser que os senhores ministros considerem que um aumento na ordem dos 2% cento nos salários da função pública seja motivo suficiente para agravar ainda mais as despesas nos Transportes, nos combustíveis. E fiquei ainda mais bem informada quando percebi que no próximo ano vou ter de cortar em alguma coisa essencial para que o dinheiro chegue ao fim do mês… ele já mal chega, mas com Água, Luz e Gás mais caros, não sei se não terei de fazer as malas e acampar à frente da residência do nosso Sócrates…
E depois admirem-se que a emigração tenha aumentado, quando eu até me admiro que o país não tenha debandado em massa, deixando este belo paraíso deserto nas mãos dos burocratas, ministros e à nova obsessão do momento: a gripe das aves.
A Comunicação Social em Portugal tem uma tendência assustadora para a catástrofe e para amedrontar (eles dizem informar e consciencializar) os portugueses a toda a hora. Se eu visse com mais atenção o Jornal da Tarde (e não vejo com tanta atenção porque eu tenho de trabalhar para comer), podia até me passar despercebido que os jornalistas só ligam à trindade Política, Futebol e Desgraças, ou, melhor dizendo e simplificando, à Desgraça, porque raro é haver uma notícia que seja positiva neste país, e quando é, envolve os animaizinhos que o Zoomarine encontra de ano a ano. Não digo que não se informe, que não se procure consciencializar o português dos riscos e das origens da gripe das aves, mas devia ter-se em conta que o português é um paranóico por natureza, se esquecermos as tendências maníaco-depressivas que nos corre nas veias.
Moderarem-se não era mal pensado, porque daqui a pouco temos gente a atropelar-se nas farmácias, nos hospitais ou a acampar à porta do primeiro-ministro deste país.
Entre a gripe das aves, a saída do Peseiro, o regresso da co-incineração e o orçamento de Estado, eu nem sei qual é pior, e só dá vontade de ir para fora, lá fora…
19 outubro, 2005
Vá p’ra fora... lá fora!
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Tens toda a razão. Subcrevo inteiramente o teu post. Parece que neste país são sempre os mesmos a pagar a crise e os mesmos a fugir-lhe de mansinho. Curiosamente este governo diz-se de esquerda e socialista, ironia das ironias... Se fossem os outros a fazer metade imagino o que não se diria.
ResponderEliminarE também é verdade, parece que a única solução que nos resta neste país da tanga é emigrar. Nos anos 60-70 os alentejanos pensavam o alentejo como uma região deprimida donde havia que marchar a 7 pés. parece-me que o novo alentejo é o pais inteiro e a europa a nossa única oportunidade.
Numb
(esqueci-me de te deixar o meu endereço para o caso de quereres aparecer. www.tapornumporco.blogspot.com)
ResponderEliminarNumb