06 fevereiro, 2006

Casa

Chegar a Casa. E rir baixinho.
Aninhar nos braços
do sofá, o corpo dorido.
E na esperança que se repita
esta chegada, por muitas vezes.
Agarro a almofada e tomo-lhe o cheiro;
Cheira a casa.
A casa doce.
A doce casa.
À minha casa.
Aos meus livros.
Às minhas fotos sempre escondidas.
Aos meus quadros sublimados.
E às minhas paredes amarelas,
vermelhas,
azuis...

Terei culpa eu de sonhar contigo,
Casa?
De confundir-te com família,
talvez?
[Vejam bem,
que a Casa nada mais é do que eu.
Sim, que eu. ]
Um espelho de mim para mim
Um espelho de mim para ti.

E chego a Casa.
No meio de mim.
Encontro o silêncio e a calma da minha Casa.
Quero que um dia.
Venhas ver o rio comigo. Casa.
E rirmos baixinho ao som da maré e do luar.
Casa.

by Lunaris

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