Os livros de Paul Auster estão cheios de acasos: Coincidências, encontros, acidentes.... Acontecimentos decisivos na vida das personagens, e acima de tudo surpreendentes – quando sabemos que este cenário – de O Caderno Vermelho – é, nem mais nem menos que um somatório de histórias verídicas que foram surgindo na vida do autor. De fácil leitura - numa preciosa leitura de 45 páginas apenas – com O Caderno Vermelho, Auster traz-nos à lembranças esses momentos do quotidiano, essas coincidências tão inacreditáveis que nos acontecem no dia-a-dia, às vezes tão importantes no rumo a seguir, e que deixamos esquecer, na vulgaridade de um encolher de ombros e ceptcismo. A edição é da Colecção “Pequenos Prazeres”, das Edições ASA, e refere que “Paul Auster tem mesmo um caderno vermelho, onde desde há anos regista os acontecimentos bizarros, as coincidências, os factos estranhos e outras inverosimilhanças de que algum dia tenha sido vítima, confidente ou testemunha. Em relatos de escassas páginas, por vezes mesmo de escassos parágrafos, podemos ler aqui, retiradas desse caderno, treze histórias arquibreves onde o Autor se releva um coleccionador apaixonado (e algo inquieto) dos bons e dos maus momentos que a realidade lhe reservou. Paul Auster gosta de definir este florilégio como a sua "arte poética sem teoria". E, na verdade, podemos ouvir aí, com perfeita nitidez, a famosa "música do acaso". Eis pois, ao dispor dos conhecedores, um caderno verdadeiro que é, ao mesmo tempo, uma fascinante miniatura do universo austeriano”.
O autor:
Paul Auster nasceu em New Jersey em 1947. Depois de frequentar a Columbia University, viveu em França durante 4 anos, e depois voltou para Manhattan. Desde 1974 ele publicou poemas, contos, novelas e fez filmes. Actualmente vive em Brooklyn, New York, com a sua mulher e os dois filhos.
Para saber mais sobre a obra de Paul Auster: http://www.paulauster.co.uk (há muitos sites não-oficiais dedicados ao escritor)
08 novembro, 2005
O Caderno Vermelho, de Paul Auster
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Uma boa lembrança a do caderno vermelho do auster. Faz lembrar os velhos profetas do absurdo. Se gostaste do género sugiro-te a leitura de O Estrangeiro de Albert Camus, uma reflexão profunda (também) sobre o papel do acaso. Um amigo meu dizia que a maior parte das coisas importantes que nos sucedem, acontecem por acaso: se eu tivesse nascido e vivido em áfrica encontrava lá a mulher da minmha vida - dizia ele. E tinha razão. O amor é um acaso geográfico.
ResponderEliminarNumb (www.tapornumporco.blogspot.com)
Camus já faz parte das minhas intenções de leitura há algum tempo. No entanto, mergulhei de cabeça em Dostoievski e não o consigo parar de ler... Mas sim, era precisamente "O Estrangeiro" que queria ler... já mo tinham recomendado...
ResponderEliminar"Um amigo meu dizia que a maior parte das coisas importantes que nos sucedem, acontecem por acaso: se eu tivesse nascido e vivido em áfrica encontrava lá a mulher da minmha vida - dizia ele. E tinha razão. O amor é um acaso geográfico"
Gostei e concordo plenamente. No entanto, como humanos que somos, queremos sempre que haja mais que o simples acaso - que haja uma razão para que tal aconteça. Vivi muito tempo em busca dessa "razão", demasiado até. No final de contas, descobri que tudo o que precisava de saber estava exactamente á minha frente. O amor é mesmo um acaso geográfico. Às vezes, ainda bem que assim o é...