27 setembro, 2005

A Marcha dos Pinguins


De tanto ouvir falar neste A Marcha dos Pinguins, através de vários meios de comunicação, resolvi espreitar se estava prevista para Portugal alguma promoção ou exibição de um dos mais aclamados filmes-documentários franceses dos últimos meses. O que é certo é que a saga dos pinguins imperadores da Antárctida, que todos os anos percorrem um ror de quilómetros para prosseguir com a perpetuação da espécie, enfeitiçou os norte-americanos, tornando-se no filme francês com maior sucesso de bilheteira nos EUA (já arrecadou cerca de 71 milhões de dólares), ultrapassando “O Quinto Elemento”, de Luc Besson. O documentário é ainda o filme francês favorito para concorrer ao Oscar como melhor filme de língua estrangeira , de acordo com a Screen International. Mas daqui vem o espanto: a versão original do documentário foi substituída por uma versão com uma banda sonora composta propositadamente para o efeito e com uma narração de Morgan Freeman a substituir as vozes dos actores franceses. Ou seja, que os norte-americanos não lêem legendas nem nada que se pareça já eu sabia, que se recusam terminantemente a ver filmes dobrados, também já suspeitava… mas fazerem uma versão "própria" para os ditos cujos acho, francamente que se chega ao exagero. Por acaso fiquei com curiosidade de conhecer a aventura dos pinguins imperadores, mas isso ainda vai tardar: em Portugal o documentário só estreará dia 3 de Novembro, e não vamos ter o prazer de assistir à versão dobrada pelo magnífico Morgan Freeman – passará a versão francesa original La Marche de l'empereur, mas, segundo a distribuidora Ecofilmes, poder-se-à "equacionar a possibilidade de uma versão dobrada em português", que estreará paralelamente.

Sem comentários:

Enviar um comentário